Contas do governo federal do ano passado fecham com o menor rombo desde 2014
As contas do governo federal do ano passado fecharam com o menor rombo desde 2014.
O governo ainda gastou mais do que arrecadou no ano passado. O déficit foi de R$ 35 bilhões, 95% menor do que em 2020, que chegou a R$ 743 bilhões, o pior da história, por causa da pandemia, dos gastos para enfrentá-la.
O rombo menor equivale a 0,4% do PIB, a soma de tudo que é produzido pela economia do país no mesmo período.
Segundo o governo federal, o resultado reflete a alta da arrecadação de impostos, com a retomada da atividade econômica no ano passado. Além de arrecadar mais, as despesas da União caíram 23%. O auxílio emergencial, por exemplo, caiu de R$ 600 para, em média, R$ 250 e com um número menor de beneficiários.
Ao comentar o resultado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os números divulgados nesta sexta-feira (28) mostram que o governo evitou uma piora das contas públicas ao segurar as despesas.
“Havia muita conversa sobre descontrole fiscal, sobre o colapso do arcabouço fiscal, sobre o fim do teto. E, na verdade, nós estávamos ainda saindo de uma fase muito difícil, foi exatamente a pandemia.
Felizmente com a população adulta praticamente toda vacinada, na fase agora da vacinação das crianças. O retorno seguro ao trabalho, após a fase de vacinação, impulsionou inclusive setores que estavam defasados, como serviços, restaurantes, bares, eventos”, disse.
Economistas afirmam que é preciso manter o compromisso com o controle das contas públicas.
“É preciso cuidar para que as despesas sejam mais controladas, que a recuperação da economia aconteça e isso colabore para recuperar a arrecadação também, contribuindo assim para dívida pública. O governo tem essa tarefa e, como disse o ministro Paulo Guedes, de segurar as pressões por gastos novos”, diz Felipe Salto, diretor executivo da Instituição Fiscal Independente.
fonte: Jornal Nacional