Ataque a tiros em desfile da Independência em Chicago deixa seis mortos e 31 feridos

Um atirador matou seis pessoas e feriu 31 em um desfile do Dia da Independência na cidade americana de Chicago.

A parada do Dia da Independência nos Estados Unidos não é desfile militar. Em cada pequena cidade, desfilam bandas de música. As famílias levam as crianças. É uma festa. Mas nesta segunda-feira (4) virou tragédia. De repente, mais de 20 tiros.

“Um som que eu nunca ouvi antes. Dez segundos depois, todo mundo começou a gritar e a correr”, contou uma testemunha.

Músicos saíram correndo, pais carregando crianças deixaram para trás os carrinhos de bebê.

A polícia descobriu que o atirador estava no alto de um prédio no início do desfile. De lá, ele atirou na multidão dez minutos depois de o desfile começar e fugiu, largando o fuzil ali mesmo.

A polícia informou que procura por um suspeito identificado como Robert Crimo Terceiro. Ele tem 22 anos e é considerado armado e perigoso.

Highland Park é um subúrbio da cidade de Chicago, em Illinois, uma área de alta renda, com criminalidade perto de zero.

“É uma situação muito triste. Tudo indica que os espectadores eram o alvo. Muito aleatório, muito intencional. Um dia muito triste”, afirmou o porta-voz da polícia.

Este ataque é o mais recente de uma longa lista de massacres a tiros que acontecem frequentemente nos Estados Unidos. A história se repete: um atirador com um fuzil automático que dispara vários tiros por segundo, escolhe como alvo um supermercado, uma escola, ou – dessa vez – o desfile de 4 de Julho.

Em um comunicado, o presidente Joe Biden afirmou que “está chocado com mais esse ato de violência sem sentido”.

Ele lembrou que, há menos de dez dias, assinou a primeira lei de controle de armas aprovada pelo Congresso americano em 30 anos, mas que ainda há muito a ser feito para combater o que chamou de “epidemia de violência com armas de fogo”. l

Em coincidência que ilustra bem a divisão profunda do país sobre o tema, Biden sancionou essa lei dois dias depois de uma decisão da Suprema Corte que liberou o porte de armas em locais públicos.

Desde então, aconteceram no país 25 tiroteios em massa, ataques em que quatro pessoas ou mais são mortas ou feridas. No ano, já são 308, e só se passaram seis meses.

Na noite desta segunda-feira (4), a polícia de Chicago prendeu o suspeito de abrir fogo contra participantes do desfile.

fonte: JN