Caixa vai liberar na sexta (8) consulta para saque extraordinário do FGTS

Caixa Econômica Federal vai liberar na sexta-feira (8) a consulta para o saque extraordinário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

Para injetar ânimo na economia, o governo federal vai liberar até R$ 1 mil do Fundo de Garantia logo depois da Páscoa.

Em abril, para quem faz aniversário em janeiro e fevereiro; em maio, para os nascidos de março a setembro; e em junho, para quem nasceu nos últimos três meses do ano.

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Nesta sexta, já vai dar para saber quanto é possível sacar ou avisar ao banco que quer deixar lá, rendendo 3% ao ano. Caso não avise, o dinheiro vai para poupança digital do trabalhador e se não houver movimentação até 15 de dezembro, volta para o Fundo, corrigido.

“Você não deve perder a visão de que o dinheiro do seu Fundo de Garantia é uma poupança de longo prazo. É uma poupança para sua aposentadoria, por exemplo. Então, é importante, se você for sacar, não levar esse dinheiro para o consumo simplesmente, mas para pagar uma dívida em primeiro lugar. Ou colocar para render a seu favor”, explica o economista Fabio Fallo, da FGV/Eaesp

De volta ao chocolate, a empresária Renata Bezerra nem pensa em usar o dinheiro para outra coisa.

“Vou investir no meu negócio. Ter mais opções de produtos, vou comprar mais matéria-prima. Vou crescer mais”, diz Renata.

Quem vive do mercado financeiro não decide nada sem fazer uma conta.

“Qualquer coisa que você fizer, se você fizer uma decisão racional de investimento, tem que ser maior que a taxa de juro livre de risco. Só para ter uma ideia, já tem produtos no mercado hoje em dia que já pagam em torno de 14,40% ao ano. Vamos supor que esse produto pague imposto, 15% de imposto. Então vai te dar uma taxa de 12,24% ao ano. Em cinco anos, você ganhou 78%. Isso é uma taxa bastante elevada. Então, para economia conseguir competir com isso, teria que crescer e crescer muito forte”, afirma André Perfeito, economista-chefe da Necton.

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No economês, esse é o custo de oportunidade. A ideia é que o investidor renuncia ao rendimento das aplicações de renda fixa, consideradas seguras, quando não escolhe o mercado financeiro e decide pela economia real.

Uma pequena chocolateria, por exemplo. Nesse cenário que a gente está vivendo, de alta de juros e dúvida sobre o ritmo da atividade, histórias de pessoas que assumem o risco de um negócio são mais raras. É o que dizem os economistas.

“Numa situação que nem a gente está vivendo, com a atividade econômica fraca, taxa de juros subindo e não avançando muito a economia, fica difícil você querer ir para qualquer risco. A gente vai para debaixo da saia do Tesouro Nacional, comprando títulos do Tesouro com uma taxa bastante atrativa”, diz André Perfeito.

O gestor financeiro Gustavo Soares do Carmo Bezerra, não. Acabou de usar as reservas para investir no plano do casal. Corre o risco de dar certo.

“A gente tem uma fábrica grande. A parte debaixo é toda fábrica, e a parte de cima, toda escritório. É o nosso sonho”, disse o marido da empresária Renata.

“Eu me vejo numa loja linda, com todas minhas opções de doces, crescendo e tendo filiais, gerando emprego. Agora eu vejo que eu tenho uma oportunidade de poder ajudar a economia também, e isso é muito importante para mim”, contou Renata.

fonte: Jornal Nacional