Funcionário condenado por morte de jovem que foi obrigado a pular de embarcação é preso

O funcionário de uma empresa de caiaques Ramon Neto Costa, condenado em júri popular pela morte do adolescente Diogo Lira Ferreira, que se afogou no Rio São Francisco, em Juazeiro, norte da Bahia, em setembro de 2018, foi preso nesta quarta-feira (6).

De acordo com a delegada Isabella Cabral, o mandado de prisão foi cumprido na cidade de Juazeiro. A condenação por homicídio simples de Ramon Neto Costa ocorreu em fevereiro deste ano e o funcionário da empresa cumpria pena de 6 anos em regime semiaberto.

Além de Ramon, o empresário Eduardo Jorge Meireles, dono da empresa de caiaques, também foi condenado por homicídio simples. Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a pena dele foi de 8 anos e ele também está em regime semiaberto.

A dupla foi denunciada pelo MP-BA e foi julgada por homicídio qualificado, agravado por motivo torpe. A reportagem tentou contato com a defesa dos dois, mas não conseguiu localizar os advogados.

Inicialmente, o júri havia sido marcado para o dia 10 de fevereiro, mas acabou adiado depois que a defesa dos dois apresentou um laudo de última hora. O conteúdo do documento não foi divulgado, e o juiz responsável pela sessão remarcou o julgamento, que ocorreu no dia 21 de fevereiro.

Diogo havia alugado um caiaque com o primo para atravessar o rio. Na volta, os dois deram carona a outros dois jovens, superlotando a embarcação, que tinha capacidade para duas pessoas. Ao ver a situação, Eduardo ordenou então que Ramon interceptasse os jovens no meio da travessia.

Cumprindo ordens, o funcionário mandou que dois dos adolescentes saíssem do caiaque, para retornar a nado. A vítima não conseguiu chegar ao outro lado do rio e morreu afogada. O corpo de Diogo foi achado minutos depois por um salva-vidas.

Na época, o empresário negou que os meninos tivessem sido obrigados a sair da embarcação. No entanto, as investigações da polícia confirmaram a denúncia da família do adolescente. O julgamento aconteceu no Fórum Conselheiro Luís Viana Filho.

fonte: G1