Nova negociação finaliza sem acordo e greve dos rodoviários em Salvador segue mantida
Uma nova rodada de negociações entre trabalhadores e empresários do transporte rodoviário de Salvador finalizou sem acordo nesta terça-feira (23). O encontro foi mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-BA), em Nazaré. Com o impasse, a greve na capital, marcada para a quinta-feira (25), segue mantida.
Uma reunião com intermediação do prefeito Bruno Reis (União Brasil) será realizada na tarde de hoje, a partir das 16h30. E uma nova rodada na sede administrativa do Tribunal Regional do Trabalho 5ª Região, no bairro de Nazaré, esta marcada para amanhã.
Fábio Primo, da presidência do Sindicato dos Rodoviários de Salvador, reafirmou que, iniciada de fato a greve, toda a categoria estará parada, inclusive os profissionais que atendem os microonibus e o BRT. “A partir das primeiras horas de quinta-feira, os ônibus vão estar nas garagens parados e os trabalhadores em greve. A gente avisa para não pegar a população de surpresa, sem pegadinha. Caso a greve aconteça não terá ônibus rodando em Salvador”, afirmou.
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Esse foi o primeiro encontro mediado pelo TRT. A presidente da instituição, Débora Machado, explicou que caso não haja um acordo entre os trabalhadores e os empresários na reunião desta quarta-feira (23), o julgamento da greve ocorrerá na sexta-feira (26). A sessão será em uma sala do segundo andar, onde será discutido se a paralisação é legal, a obrigatoriedade de manter 30% da frota nas ruas e outros pontos.
“Vou tentar mais uma vez, apesar de já deixar marcada a data do julgamento, ver se conseguimos chegar a um consenso em relação as cláusulas mais importantes, todas são importantes, mas aquelas que estão relacionadas com objeto maior de discussão. Por conta disso, peço as partes que continuem as tentativas de acordo”, afirmou a presidente.
A reunião desta terça-feira durou quase 2h. A pauta do Sindicato dos Rodoviários tem 15 itens de solicitação. A superintendência trouxe uma nova proposta hoje com nove itens: aumento cobrindo inflação mais ganho real; o ticket refeição deve ser reajustado em percentual maior que a inflação mais ganho real; fim da compensação de horas da forma que existe hoje; disponibilidade de espelho de ponto da jornada de trabalho individual do trabalhador; renovação da CNH paga pela empresa; franquia em caso de avaria ou acidente, com teto de R$ 2 mil; proposta negociada para jornada parcial; mais um ônibus e outro veículo para a escolinha que ajuda na capacitação dos rodoviários; e folga no dia do aniversário do empregado.
Já a Integra fez uma contraproposta de reajuste salarial de 1,98%. Para Primo, a proposta de reajuste oferecida a categoria é “indecorosa”.
fonte: Correios