Três anos após naufrágio que matou 19 pessoas em Mar Grande, sobreviventes e familiares de vítimas aguardam indenização

O naufrágio da lancha Cavalo Marinho I na Baía de Todos-os-Santos que matou 19 pessoas completa três anos nesta segunda-feira (24). Desde então, sobreviventes da tragédia e familiares esperam decisão da Justiça sobre as indenizações.

Em 2017, quando o acidente aconteceu, a Defensoria Pública da Bahia chegou a ajuizar 46 ações contra a CL Transportes Marítimos: 41 delas na comarca de Itaparica e as outras cinco em Salvador. No entanto, neste mês, apenas 35 processos seguem sob a responsabilidade do órgão, porque cinco pessoas constituíram advogados particulares em 2019 e outra neste ano.

Os 35 processos contemplam 37 pessoas, porque três pessoas de uma mesma família entraram com a ação juntas. O G1 teve acesso a documentos que detalham o andamento dos processos movidos pela Defensoria Pública.

A maioria deles consta como concluso desde o ano passado, ou seja, os autos finalizados já foram enviados à Justiça e falta apenas que o juiz determine a sentença de indenização. Esse é o caso da sobrevivente Joisy Elem Oliveira da Silva, que consta como concluído em junho de 2019.

“Só tivemos a audiência de conciliação, que não conciliou nada porque a CL [Transportes] não foi. O processo chegou a ficar parado em fase de réplica, e aguardando o julgamento da Marinha. Depois dessa audiência, o processo andou um pouco e travou por causa do julgamento”, conta ela, que na época do naufrágio era estudante de direito e hoje é advogada.