Duas pessoas morrem por doença causada por infecção com ‘vaca louca’ na Bahia; outras três estão infectadas

Duas pessoas morrem por doença causada por infecção com ‘vaca louca’ na Bahia; outras três estão infectadas

Duas pessoas morreram com a doença de Creutzfeld-Jakob, causada pela infecção animal Encefalite Espongiforme Bovina – popularmente conhecida como “vaca louca” – na Bahia, este ano. Outras três pessoas estão infectadas, sendo que duas delas estão hospitalizadas. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (10), pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab).

A Encefalite Espongiforme Bovina é uma infecção que atinge apenas o gado. Quando os humanos consomem a carne contaminada, podem desenvolver a doença de Creutzfeld-Jakob, que é degenerativa. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 90% dos indivíduos infectados morrem em até um ano.

Todos os pacientes contaminados com a doença de Creutzfeld-Jakob na Bahia são residentes de Salvador. As duas pessoas que estão hospitalizadas tiveram casos confirmados no dia 6 de outubro, e o estado de saúde delas não foi divulgado.

A Sesab também não informou quando os outros dois pacientes morreram. O quinto paciente tem estado de saúde em investigação pela Vigilância Epidemiológica estadual. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) acompanha a situação da doença no estado.

No último ano, três casos de doença de Creutzfeld-Jakob foram confirmados entre Salvador, Simões Filho e Serrolândia. Dois deles morreram e o terceiro segue sob monitoramento.

Como a doença é transmitida?

Cérebro de animal afetado pela doença da vaca louca — Foto: Reprodução / Globo Rural

Cérebro de animal afetado pela doença da vaca louca — Foto: Reprodução / Globo Rural

De acordo com o Ministério da Saúde, a forma exata de transmissão da doença de Creutzfeld-Jakob é desconhecida. No entanto, a infecção pode ser contraída a partir do consumo de carne e subprodutos bovinos contaminados.

Não existe evidências de que a doença pode ser transmitida pelo ar ou pelo contato social e casual, como uso de mesma roupa, mesmos copos e utensílios de cozinha ou contato íntimo – abraço, beijos, relações sexuais e outros. Também não há casos relatados de exposição por meio de superfícies, como pisos, paredes ou bancadas.

Sintomas

A doença de Creutzfeld-Jakob tem uma rápida evolução, que pode levar à morte do paciente. Ela se caracteriza pelos seguintes sintomas:

  • Desordem cerebral com perda de memória;
  • Tremores;
  • Falta de coordenação de movimentos musculares;
  • Distúrbios da linguagem;
  • Perda da capacidade de comunicação;
  • Perda visual.

Diagnóstico e tratamento

A doença de Creutzfeldt-Jakob é diagnosticada a partir de exames de sangue e também por meio de exame neuropatológico de fragmentos do cérebro.

A principal forma de tratamento são drogas antivirais e corticóides. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 90% dos indivíduos infectados pela doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) morrem dentro de um ano. Ainda não há maneira efetiva de alterar a evolução da doença.

fonte: G1

A vacina oral poliomielite (VOP, na sigla em inglês), será oficialmente aposentada no Brasil em menos de dois meses. Popularmente conhecida como gotinha, a dose será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), aplicada no formato injetável. De acordo com a representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, a previsão é que a retirada da VOP em todo o país ocorra até 4 de novembro.  Ao participar da 26ª Jornada Nacional de Imunizações, no Recife, Ana lembrou que a VOP contém o vírus enfraquecido e que, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos de pólio derivados da vacina, considerados menos comuns que as infecções por poliovírus selvagem. “Mas, quando se vacina o mundo inteiro [com a VOP], você tem muitos de casos. E quando eles começam a ser mais frequentes que a doença em si, é a hora em que as autoridades públicas precisam agir”.  A substituição da dose oral pela injetável no Brasil tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nos parece bem lógica a troca das vacinas”, avalia Ana, ao citar que, a partir de agora, a orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, conforme ocorre na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. A região notificou quatro casos de paralisia flácida – dois descartados para pólio, um confirmado e um que segue em investigação.  Ana lembrou que, entre 2019 e 2021, cerca de 67 milhões de crianças perderam parcial ou totalmente doses da vacinação de rotina. “A própria iniciativa global [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização, parceria da OMS] teve que parar a vacinação contra a pólio por quatro meses durante a pandemia”, destacou.  Outras situações que, segundo ela, comprometem e deixam lacunas na imitação incluem emergências humanitárias, conflitos, falta de acesso.  Entenda Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já é vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio.  A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.

A vacina oral poliomielite (VOP, na sigla em inglês), será oficialmente aposentada no Brasil em menos de dois meses. Popularmente conhecida como gotinha, a dose será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), aplicada no formato injetável. De acordo com a representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, a previsão é que a retirada da VOP em todo o país ocorra até 4 de novembro. Ao participar da 26ª Jornada Nacional de Imunizações, no Recife, Ana lembrou que a VOP contém o vírus enfraquecido e que, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos de pólio derivados da vacina, considerados menos comuns que as infecções por poliovírus selvagem. “Mas, quando se vacina o mundo inteiro [com a VOP], você tem muitos de casos. E quando eles começam a ser mais frequentes que a doença em si, é a hora em que as autoridades públicas precisam agir”. A substituição da dose oral pela injetável no Brasil tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nos parece bem lógica a troca das vacinas”, avalia Ana, ao citar que, a partir de agora, a orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, conforme ocorre na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. A região notificou quatro casos de paralisia flácida – dois descartados para pólio, um confirmado e um que segue em investigação. Ana lembrou que, entre 2019 e 2021, cerca de 67 milhões de crianças perderam parcial ou totalmente doses da vacinação de rotina. “A própria iniciativa global [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização, parceria da OMS] teve que parar a vacinação contra a pólio por quatro meses durante a pandemia”, destacou. Outras situações que, segundo ela, comprometem e deixam lacunas na imitação incluem emergências humanitárias, conflitos, falta de acesso. Entenda Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já é vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio. A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.