Contaminação em peixes do Rio Doce está 140 vezes acima do nível permitido
Foto: Fred Loureiro/ Secom ES
A contaminação por metais de peixes do Rio Doce está até 140 vezes acima do permitido. O nível de contaminação foi medido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ao analisar a presença de arsênio no peixe roncador. Ele também está contaminado por cádmio 12 vezes acima do permitido, e por chumbo cinco vezes acima do tolerado. A avaliação foi feita como parte de uma série de estudos realizadas no local depois do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, em novembro do ano passado. O estudo consolidado deve ser apresentado no próximo dia 17. O documento indica que, além do próprio Rio Doce, houve também contaminação em pelo menos três áreas de preservação ambiental: o Arquipélago de Abrolhos, a Costa das Algas e o Refúgio de Vida Silvestre de Santa Cruz. A análise de um camarão apontou uma contaminação por arsênio 88 vezes acima do permitido, por cádmio em um nível cinco vezes além do tolerado e por chumbo também cinco vezes acima do limite.