Acompanhante denuncia suposta negligência médica no Hospital Irmã Dulce: ‘Mandou tirar o paciente’

Acompanhante denuncia suposta negligência médica no Hospital Irmã Dulce: ‘Mandou tirar o paciente’

Uma acompanhante de um paciente, de 66 anos, internado no Hospital Obras Sociais Irmã Dulce, na Cidade Baixa, em Salvador, denunciou uma suposta situação de negligência médica. Segundo Maiara Mangabeira, que acompanha o tio, uma médica da unidade mandou tirar o paciente até esta sexta (15), 8h da manhã, ou iria acionar a Justiça.

Maiara contou que o tio, Adolfo Pereira de Souza, foi internado, inicialmente, na UPA Santo Antônio, mas conseguiu uma regulação para levá-lo ao hospital Irmã Dulce, onde está internado há cerca de um mês após ser diagnosticado com um tumor na garganta. O idoso, que é natural de Santa Bárbara, interior baiano, mas mora em Salvador, descobriu a doença há dois anos.

“Ele tem um tumor na garganta, mas durante o internamento, descobriu um metástase no pâncreas. A cada dia que passa ele fica mais debilitado. Ele entrou no hospital andando, comendo, urinando normal. Mas, por causa da doença, está debilitadíssimo. Perdeu peso, só come alimento pastoso e urinando pela sonda”, iniciou.

Na semana passada, o paciente precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para fazer uma traqueostomia – procedimento cirúrgico no qual é feito uma abertura na traqueia do paciente.

“Na segunda ele voltou da UTI. Na terça, a médica disse que a gente precisava trazer ele pra casa, ou acionaria a Justiça”, alegou.

“Ele é natural de Santa Bárbara, mas mora aqui em Salvador para trabalhar. Ele tinha uma casa, mas a gente entregou. Ele só tem eu e minha mãe como responsáveis. Ou a gente pagava a casa ou pagava alguém para cuidar dele. Ele não tem onde ficar, e a médica disse que a gente precisa tirar ele sexta, até 8 da manhã”, denunciou.

Mariara contou que a médica de prenome Ana Luiza informou que o tio não precisa mais passar por mais nenhum procedimento, pois está “consciente, falando e entende tudo que fala”. Os familiares, no entanto, afirmam o contrário.

“Ele está recebendo oxigênio, não aguenta ficar deitado de lado, os pés estão inchados, o xixi escuro e a médica diz que a gente tem que trazer ele amanhã. Por causa do metástase do pâncreas, a barriga dele está enorme”, alegou. A sobrinha do paciente relatou ainda que a médica entregou um papel de alta médica, mas ela se recusou a assinar.

O BNews procurou o Obras Sociais Irmã Dulce para apurar a situação, mas não obteve retorno até a publicação da matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

Foto: Leonardo Rattes/GovBa
Fonte: Bocão News

A vacina oral poliomielite (VOP, na sigla em inglês), será oficialmente aposentada no Brasil em menos de dois meses. Popularmente conhecida como gotinha, a dose será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), aplicada no formato injetável. De acordo com a representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, a previsão é que a retirada da VOP em todo o país ocorra até 4 de novembro.  Ao participar da 26ª Jornada Nacional de Imunizações, no Recife, Ana lembrou que a VOP contém o vírus enfraquecido e que, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos de pólio derivados da vacina, considerados menos comuns que as infecções por poliovírus selvagem. “Mas, quando se vacina o mundo inteiro [com a VOP], você tem muitos de casos. E quando eles começam a ser mais frequentes que a doença em si, é a hora em que as autoridades públicas precisam agir”.  A substituição da dose oral pela injetável no Brasil tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nos parece bem lógica a troca das vacinas”, avalia Ana, ao citar que, a partir de agora, a orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, conforme ocorre na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. A região notificou quatro casos de paralisia flácida – dois descartados para pólio, um confirmado e um que segue em investigação.  Ana lembrou que, entre 2019 e 2021, cerca de 67 milhões de crianças perderam parcial ou totalmente doses da vacinação de rotina. “A própria iniciativa global [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização, parceria da OMS] teve que parar a vacinação contra a pólio por quatro meses durante a pandemia”, destacou.  Outras situações que, segundo ela, comprometem e deixam lacunas na imitação incluem emergências humanitárias, conflitos, falta de acesso.  Entenda Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já é vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio.  A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.

A vacina oral poliomielite (VOP, na sigla em inglês), será oficialmente aposentada no Brasil em menos de dois meses. Popularmente conhecida como gotinha, a dose será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), aplicada no formato injetável. De acordo com a representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, a previsão é que a retirada da VOP em todo o país ocorra até 4 de novembro. Ao participar da 26ª Jornada Nacional de Imunizações, no Recife, Ana lembrou que a VOP contém o vírus enfraquecido e que, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos de pólio derivados da vacina, considerados menos comuns que as infecções por poliovírus selvagem. “Mas, quando se vacina o mundo inteiro [com a VOP], você tem muitos de casos. E quando eles começam a ser mais frequentes que a doença em si, é a hora em que as autoridades públicas precisam agir”. A substituição da dose oral pela injetável no Brasil tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nos parece bem lógica a troca das vacinas”, avalia Ana, ao citar que, a partir de agora, a orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, conforme ocorre na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. A região notificou quatro casos de paralisia flácida – dois descartados para pólio, um confirmado e um que segue em investigação. Ana lembrou que, entre 2019 e 2021, cerca de 67 milhões de crianças perderam parcial ou totalmente doses da vacinação de rotina. “A própria iniciativa global [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização, parceria da OMS] teve que parar a vacinação contra a pólio por quatro meses durante a pandemia”, destacou. Outras situações que, segundo ela, comprometem e deixam lacunas na imitação incluem emergências humanitárias, conflitos, falta de acesso. Entenda Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já é vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio. A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.