Autismo: dicas para professores que atuam com crianças com transtorno
A Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas (PMLF), através da Secretaria de Educação (Semed), segue nesta semana com matérias especiais em alusão ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, comemorado nesta quinta-feira (2). Nesta quarta-feira (1) os servidores da Semed virão trajando azul, para chamar a atenção da população laurofreitense sobre a importância da conscientização sobre o autismo e demais transtornos ou deficiências.
No espaço de aprendizagem, o professor tem o papel fundamental na inclusão e na promoção de políticas públicas que garantam a equidade de direitos. Desta forma, através de pesquisa sobre o tema, encontra-se o fonoaudiólogo, especialista em autismo, Miguel Higuera, que conta em um livro as experiências com seu filho que tem o transtorno. O especialista ainda apresenta dicas para professores que atuam com alunos que têm autismo, com o intuito que a inclusão, socialização e aprendizagem dos mesmos seja plena.
Confira:
1 – Pedir às famílias um relatório dos interesses, preferências e coisas que causam desagrado a cada criança.
2 – Utilizar preferências e materiais de agrado para a criança na aula o no pátio para estabelecer um vínculo com a escola e as pessoas do ambiente escolar.
3 – Trabalhar por períodos curtos, de cinco a dez minutos, em atividades de complexidade crescente, incorporando gradativamente mais materiais, pessoas ou objetivos.
4 – Falar pouco, somente as palavras mais importantes (geralmente um autista não processa muita linguagem cada vez).
5 – Utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a compreensão (os autistas são mais visuais que verbais).
6 – Desenvolver rotinas que a criança possa predizer ou antecipar (pela repetição e com o apoio de imagens que mostram o que vai ser feito no dia).
7 – Estimular a participação em tarefas de arrumar a sala, ajudar a entregar materiais às outras crianças, etc.
8 – Entregar objetos no canal visual. O adulto deve ter o objeto na mão diante dos olhos para que a criança possa pegar o objeto tendo o rosto do adulto dentro do seu campo de visão.
9 – Respeitar a necessidade de estar um momento sozinho, de caminhar ou dar saltos ou simplesmente perambular para se acalmar (pode ser utilizado como prêmio após uma atividade).
10 – Tentar conhecer as capacidades de cada criança para utilizá-las como entrada para as atividades de ensino (pintar, recortar, etc.).
11 – Evitem falar muito, muito alto e toda situação que envolva muito estímulo (pode ser até nocivo para a criança).
12 – Pergunte sempre como foi a tarde ou o dia anterior, a qualidade do sono ou se houver alguma alteração da rotina para se antecipar a estados emocionais de ansiedade. Em caso de ansiedade, procure utilizar elementos de interesse e preferência da criança, com menor exigência para não ter birras ou maior ansiedade.
13 – Em casos de birra, é importante ter algum conhecimento de técnicas de modificação de conduta (time out, desvio de atenção, etc.), mas a primeira dica é não se apavorar, tentar oferecer outros objetos e, no caso de não conseguir acalmar a criança, explicar à turma o que está acontecendo e desenvolver atividade com o grupo em outro lugar e dar a possibilidade da criança com TEA de se acalmar.