Cai o número de jovens que deixaram de estudar e que não trabalham
Mais de 11 milhões de jovens brasileiros deixaram de estudar e não estão trabalhando.
A dança é a grande paixão de Pedro Henrique da Silva Sousa. Os movimentos precisos foram conquistados com treinos diários — tempo dividido com o ensino médio. Ele se formou em dezembro de 2021.
“Valeu a pena todos esses anos, toda dedicação, acordando cedo, passando por inúmeras coisas para chegar até aqui e falar: eu consegui! A primeira etapa da vida do ser, da pessoa, acho que é se formar na escola”, declara Pedro Henrique.
A segunda etapa, a faculdade, ainda não começou. O sonho é se formar em Artes, mas está difícil arranjar um emprego para pagar o
“A gente está indo atrás porque assim, é tipo aquele negócio, vocês querem gente com experiência, mas não querem dar oportunidade para que a gente crie experiência”, lamenta.
Jovens como o Pedro estão entre as principais vítimas da crise econômica. A dificuldade para arrumar emprego torna mais difícil continuar os estudos, pagar as mensalidades.
E assim, o número de pessoas no grupo que é conhecido como ‘nem nem’ — por não estar nem trabalhando, nem estudando — deu um salto nos primeiros meses de pandemia.
O recorde foi registrado no segundo trimestre de 2020 — mais de 14 milhões. Desde então, os números caíram um pouco. No terceiro trimestre de 2021, chegou a 11 milhões e 200 mil jovens, entre 14 e 29 anos.
fonte: Jornal Nacional