CCR Metrô deve apresentar recurso contra embargo e multa até o dia 2.
Intervenções são feitas na entrada do aeroporto.
Raul Spinassél Ag. A TARDE
A CCR Metrô Bahia – concessionária responsável pela gestão do modal sobre trilhos – tem até o próximo dia 2 para apresentar recurso à multa e embargo aplicados pela prefeitura, por causa de intervenções que preveem a retirada de parte do bambuzal na entrada do Aeroporto Internacional de Salvador.
A informação foi divulgada, nesta segunda-feira, 22, pelo titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Sérgio Guanabara, após reunião com representantes da CCR. O embargo determinado pelo órgão no último sábado continua em vigor.
Segundo informou a Sedur, por meio de nota, o gestor considerou insuficientes os esclarecimentos prestados pelos representantes da CCR. Guanabara sustenta que o licenciamento ambiental, assim como o urbanístico, é de competência da prefeitura.
“A Linha 2 sofreu essas alterações no projeto e essas modificações agora estão sendo analisadas, inclusive a questão viária. A licença da linha 2 está vencida e eles estavam executando sem autorização”, informou Guanabara, por meio de nota.
Poda
Por meio de nota, a CCR alega que ainda não iniciou a poda de 11 touceiras do bambuzal na avenida Tenente Frederico Gustavo dos Santos, no sentido Salvador, na altura do acesso à travessa Santos Dumont, mais conhecida como rua das Locadoras.
Segundo informa a CCR, a máquina que se encontra no local não é de propriedade da concessionária. A empresa informa, ainda, que a retirada da vegetação visa alargar a ponte local para viabilizar o trânsito do shuttle, ônibus que fará o transporte entre o metrô e o aeroporto.
O comunicado da CCR reitera que “todas as obras do viário na região do aeroporto estão devidamente licenciadas por órgãos competentes”. O texto diz, também, que a CCR vai avaliar o teor do auto de infração – cujo valor ainda não foi definido pela Sedur – para responder ao órgão dentro do prazo estabelecido.
Politização
Também por meio de nota, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) informou que a intervenção prevê a retirada de 0,19% do bambuzal. O texto rebate a Sedur com o argumento de que o licenciamento da obra do metrô compete ao órgão, já que se trata de área limítrofe entre dois municípios.
A nota diz que o Inema participou do licenciamento, desde o início da obra do sistema metroviário, seguiu todos os critérios legais e exigiu compensação ambiental necessária. O texto afirma que a Sedur “está politizando uma questão técnica”.
Fonte: A Tarde