Chefes da diplomacia russa e ucraniana vão se encontrar pela 1ª vez desde a invasão
No front diplomático, a expectativa é pelo encontro entre os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Ucrânia.
Pela primeira vez desde a invasão, o alto-escalão de Ucrânia e Rússia vão ficar cara a cara. Os chefes da diplomacia russa e ucraniana viajam na quinta-feira (10) para a Turquia. Os governos turco e israelense fazem a mediação.
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Dmytro Kuleba vem prometendo um diálogo de diplomatas, mas o ministro ucraniano avisou que, se Sergey Lavrov repetir a propaganda russa, ele vai ouvir verdades duras.
A porta-voz do Ministério do Exterior da Rússia avisou que o objetivo não é derrubar o governo ucraniano. Maria Zakharova explicou que o Kremlin quer garantias de neutralidade da Ucrânia, sem que jamais seja integrante da Otan. Cada minuto até a conversa importa.
O primeiro-ministro da Alemanha foi um dos líderes que prepararam terreno. Olaf Scholz telefonou para Vladimir Putin. O presidente russo ouviu que não faz sentido falar em solução militar. Scholz deixou claro que não vai mandar caças para a Ucrânia.
A pergunta veio depois que a Polônia prometeu entregar a frota inteira de caças para a Ucrânia. Os aviões entrariam em território ucraniano pela base americana na Alemanha.
A proposta surpreendeu os Estados Unidos. Mas o governo americano cortou logo a oferta polonesa. O porta-voz do Pentágono disse que a perspectiva de caças partido de bases da Otan, voando num espaço aéreo disputado pela Rússia, levanta preocupações.
A vice-presidente americana chega, nesta quarta-feira (9) na Polônia para apagar esse incêndio. Depois de afinar o discurso com o governo polonês, Kamala Harris viaja para a Romênia. A aliança já tinha afirmado que não quer um conflito com a Rússia – uma potência nuclear.
O Reino Unido já mandou para a Ucrânia mais de 3,6 mil armamentos militares. O ministro britânico da Defesa prometeu enviar mísseis antitanques. Agora, a oposição faz críticas ao governo no front humanitário, acusando o primeiro-ministro de chefiar a resposta “mais incompetente” da Europa
Mais de 2 milhões de refugiados já saíram da Ucrânia. Até a sabatina desta quarta (9) no Parlamento, o governo britânico só tinha dado 760 vistos para ucranianos. O primeiro-ministro prometeu que esse número vai subir acentuadamente.
A União Europeia incluiu bancos de Belarus na lista de instituições proibidas de usar o sistema internacional de transferência bancária. Além disso, estabeleceu sanções a mais 160 russos.
O bloco já tinha punido economicamente quase 900 pessoas, incluindo Vladimir Putin e Sergey Lavrov, embora o presidente russo e seu chefe da diplomacia ainda possam viajar pelos 27 países-membros.
A China culpou os Estados Unidos pela situação. O governo chinês afirmou que a Otan empurrou as tensões a um ponto de ruptura, e a Rússia acusou os americanos de promover uma guerra econômica.
fonte: Jornal Nacional