Crianças quilombolas são vacinadas contra a Covid-19 em Lauro de Freitas


Ao som do Trem da Alegria, as crianças do Quilombo Quingoma em Lauro de Freitas, com idade entre cinco e 11 anos, receberam, nesta segunda-feira (17), a 1ª dose da vacina que protege contra a Covid-19. Palhaços e bolas coloridas enfeitaram a sede do Rotary Clube e deram o tom lúdico de descontração para espantar o medo da agulha e encorajar os pequenos heróis a se imunizarem contra a doença.

A prefeita Moema Gramacho acompanhou o processo de perto. Atenciosa, a gestora conversou com os pais e acalentou as crianças. “Nós estamos seguindo a orientação do Ministério da Saúde e vacinando os pequenos de acordo com as prioridades. Ontem foram imunizadas crianças de 11 anos com comorbidades, temos quilombolas e ainda os indígenas. Seguiremos estes critérios e por idade de forma decrescente”, explicou.

Dona Mirian Silva chegou cedo ao local de vacinação. A dona de casa é mãe de Mariana Santos, de 11 anos, e Davi Santos, de 9 anos. “Esse momento foi muito esperado por nós. Eu temia muito pela vida de meus filhos, já que estou vacinada e eles ainda não estavam. Agora me sinto mais aliviada”, contou.

Sensação semelhante teve Nivaldo Reis, ele conta que no começo tinha medo da vacina, mas percebeu a eficácia com a redução das mortes pela Covid-19. “A vacina é segura e salva vidas, hoje trouxe meus filhos porque confio na ciência”, falou ele que é pai de Poliana da Silva de 10 anos.

Atencioso com todos que aguardavam para vacinar seus filhos, o secretário municipal de Saúde, Augusto César Pereira, falou sobre a importância de todas as crianças serem protegidas. “Hoje, Lauro de Freitas tem 173 mil pessoas acima de 12 anos vacinadas com, pelo menos, a 1ª dose. É importante continuarmos nossa luta e vacinarmos nossas crianças só deste modo venceremos o coronavírus”, frisou.



Estratégia para vacinar as crianças é especial

Lauro de Freitas segue à risca as recomendações para imunizar os pequenos de cinco a onze anos com segurança. Para isso, o município separou as salas de vacinação destinando locais específicos para proteger os pequenos das aglomerações que podem levar a maior facilidade de contaminação pelo coronavírus.

Após receber a dose que protege contra a doença, os pequenos permanecem no espaço por vinte minutos em observação. A técnica de enfermagem, Sheila Andrade, explica que o protocolo de segurança tem o objetivo de garantir o bem-estar dos pequenos. “Além disso, nós temos um cuidado especial no trato com os miudinhos. Se eles estão assustados nós brincamos, oferecemos um pirulito para acalmar e só então fazemos a vacina. Tudo é feito com muita humanização e amor”, destaca ela informando que dois médicos clínicos ficam dispostos no local para qualquer eventualidade.

Vacinação infantil desta terça-feira (18)

As doses pediátricas da Pfizer continuam sendo aplicadas em Lauro de Freitas nesta terça-feira (18), para crianças de 11 anos sem comorbidades, com nomes iniciados nas letras de A a M, e para crianças com comorbidades de cinco a 11 anos, ambos cadastrados no site da Prefeitura Municipal. A vacinação infantil será realizada na faculdade Unime, das 8h às 12h.

Para receber a proteção, pais ou responsáveis legais devem apresentar formulário de autorização para vacinação de crianças, identificação com foto, CPF ou cartão do SUS, comprovante de residência e identificação com foto do responsável. O formulário pode ser acessado e impresso pelo site da prefeitura pelo endereço: www.laurodefreitas.ba.gov.br.


fonte: Prefeitura de Lauro de Freitas

A vacina oral poliomielite (VOP, na sigla em inglês), será oficialmente aposentada no Brasil em menos de dois meses. Popularmente conhecida como gotinha, a dose será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), aplicada no formato injetável. De acordo com a representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, a previsão é que a retirada da VOP em todo o país ocorra até 4 de novembro.  Ao participar da 26ª Jornada Nacional de Imunizações, no Recife, Ana lembrou que a VOP contém o vírus enfraquecido e que, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos de pólio derivados da vacina, considerados menos comuns que as infecções por poliovírus selvagem. “Mas, quando se vacina o mundo inteiro [com a VOP], você tem muitos de casos. E quando eles começam a ser mais frequentes que a doença em si, é a hora em que as autoridades públicas precisam agir”.  A substituição da dose oral pela injetável no Brasil tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nos parece bem lógica a troca das vacinas”, avalia Ana, ao citar que, a partir de agora, a orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, conforme ocorre na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. A região notificou quatro casos de paralisia flácida – dois descartados para pólio, um confirmado e um que segue em investigação.  Ana lembrou que, entre 2019 e 2021, cerca de 67 milhões de crianças perderam parcial ou totalmente doses da vacinação de rotina. “A própria iniciativa global [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização, parceria da OMS] teve que parar a vacinação contra a pólio por quatro meses durante a pandemia”, destacou.  Outras situações que, segundo ela, comprometem e deixam lacunas na imitação incluem emergências humanitárias, conflitos, falta de acesso.  Entenda Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já é vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio.  A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.

A vacina oral poliomielite (VOP, na sigla em inglês), será oficialmente aposentada no Brasil em menos de dois meses. Popularmente conhecida como gotinha, a dose será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), aplicada no formato injetável. De acordo com a representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, a previsão é que a retirada da VOP em todo o país ocorra até 4 de novembro. Ao participar da 26ª Jornada Nacional de Imunizações, no Recife, Ana lembrou que a VOP contém o vírus enfraquecido e que, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos de pólio derivados da vacina, considerados menos comuns que as infecções por poliovírus selvagem. “Mas, quando se vacina o mundo inteiro [com a VOP], você tem muitos de casos. E quando eles começam a ser mais frequentes que a doença em si, é a hora em que as autoridades públicas precisam agir”. A substituição da dose oral pela injetável no Brasil tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nos parece bem lógica a troca das vacinas”, avalia Ana, ao citar que, a partir de agora, a orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, conforme ocorre na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. A região notificou quatro casos de paralisia flácida – dois descartados para pólio, um confirmado e um que segue em investigação. Ana lembrou que, entre 2019 e 2021, cerca de 67 milhões de crianças perderam parcial ou totalmente doses da vacinação de rotina. “A própria iniciativa global [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização, parceria da OMS] teve que parar a vacinação contra a pólio por quatro meses durante a pandemia”, destacou. Outras situações que, segundo ela, comprometem e deixam lacunas na imitação incluem emergências humanitárias, conflitos, falta de acesso. Entenda Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já é vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio. A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.