Dilma aposta em nova fórmula para se aproximar do PT; Wagner será interlocutor
Para buscar maior aproximação dentro do próprio partido e garantir maior apoio, a presidente reeleita, Dilma Rousseff, elegeu ao menos quatro nomes que contam com sua confiança e dispõem de força em setores importantes do PT para administrar negociações dentro e fora do congresso nacional. Segundo a Folha de S. Paulo, Wagner, e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Miguel Rosseto (Desenvolvimento Agrário) serão escalados pela presidente para melhorar a interlocução dela com o PT.
Segundo o jornal, a presidente nunca teve base própria no partido. Em seu primeiro mandato, contava com remanescentes do governo Lula, como o secretário-geral da República, Gilberto Carvalho, para ter “entrada mínima” no partido. Mas esta estratégia se mostrou falha, o ministro tinha declarações muitas vezes desastrosas. Para tentar reverter esta situação, Dilma resolveu mudar o método e montar sua própria equipe para fazer o contraponto às reivindicações partidárias.
Antes do primeiro turno, o ex-presidente Lula admitiu a aliados que Dilma teria que fazer um segundo mandato de mais diálogo com o PT, e que o partido deveria se reaproximar dos ideais de esquerda. A Folha ainda diz que a reformulação do petismo é a aposta do ex-presidente para sua campanha em 2018. Lula já afirmou que deve concorrer à Presidência mais uma vez.