Em estudo preliminar da Fiocruz, cloroquina diminuiu em 5% taxa de mortalidade

Em um estudo preliminar feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Fundação de Medicina Tropical, o uso da cloroquina em pacientes em estado grave de Covid-19 deixou a taxa de mortalidade em 13%. De acordo com a coluna de Mônica Bérgamo, na Folha de São Paulo, o medicamento foi testado em 81 pessoas internadas, e 11 delas morreram.

Segundo estudos internacionais, a taxa em pacientes que não utilizaram a cloroquina é de 18%. No entanto, para o infectologista da Fiocruz Marcus Lacerda, que participa do estudo, ainda é cedo para determinar que o composto pode fazer alguma diferença fundamental no tratamento da Covid-19. “Estatisticamente [a taxa] é igual, na margem de confiança”, afirma.

Lacerda diz que 440 pacientes devem ser testados, em diferentes hospitais do Brasil, e o estudo deve durar ainda de dois a três meses. A proposta inicial era ministrar aos pacientes uma dose de 10 gramas, mas a quantidade se mostrou tóxica, provocando arritmia e outras complicações.

No Brasil, a cloroquina tem sido alvo de discussões entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Até o momento, o medicamento só é permitido ser utilizado em casos graves de coronavírus. 

O ESTUDO

Os 81 pacientes testados estão internados no Hospital Delphina Aziz, no Amazonas. Os doentes foram divididos em dois grupos, um de 40 e outro de 41 pessoas. Um recebeu doses mais altas e outro mais baixas.