EUA pedem reunião ao Conselho de Segurança da ONU para discutir crise na Ucrânia

Os Estados Unidos pediram uma reunião ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir o que chamaram de comportamento ameaçador russo.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse que as forças de combate da Rússia aumentaram nas últimas 24 horas na fronteira com a Ucrânia. Caças chegaram em Belarus e mais tanques foram levados para a fronteira oeste da Rússia.

Moscou disse que existe pouca razão para otimismo depois que os Estados Unidos e a Aliança Militar do Ocidente enviaram – por escrito – as respostas às demandas do Kremlin e deixaram de fora a principal delas: que a Ucrânia jamais faça parte da Otan.

O ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, disse que as respostas abrem caminho para o começo de uma conversa séria, mas apenas sobre assuntos secundários.

O presidente Vladimir Putin já leu os documentos, mas ainda não decidiu sobre os próximos passos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmou nesta quinta-feira (27) o que Moscou já vem dizendo há algum tempo: que a Rússia não planeja atacar ninguém e que a ideia de uma guerra com a Ucrânia é inaceitável.

O governo ucraniano declarou que está disposto a negociar 24 horas por dia, sete dias por semana, para evitar uma guerra, e que acredita que o Kremlin vai se manter no caminho diplomático, pelo menos, nas próximas duas semanas, quando haverá uma nova reunião entre Rússia e Ucrânia, mediada por Alemanha e França.

Na sexta-feira (28), o presidente da FrançaEmmanuel Macron, vai conversar com Vladimir Putin por telefone. O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan também se ofereceu para mediar um encontro entre Putin e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Nesta quinta-feira (27), o presidente Joe Biden conversou com o presidente ucraniano pela terceira vez desde dezembro de 2021. Biden reafirmou o compromisso de responder decisivamente se a Rússia invadir a Ucrânia. Ele também disse que apoia os esforços diplomáticos liderados pelos países europeus.

Volodymyr Zelensk disse que concordaram com ações conjuntas para reduzir a tensão com a Rússia. Kieve tem pedido que os Estados Unidos sejam mais cautelosos na retórica sobre uma possível invasão.

A correspondente do Jornal Nacional perguntou à porta-voz da Casa Branca por que os Estados Unidos afirmam que um ataque é iminente e a Ucrânia não.

“Estamos vendo dezenas de milhares de soldados na fronteira. Obviamente, uma invasão pode acontecer a qualquer momento. Vamos deixar que outros países avaliem o que esses milhares de soldados na fronteira significam”, respondeu a porta-voz da Casa Branca.

China quebrou o silêncio nesta quinta-feira (27) e afirmou que as preocupações sobre a segurança da Rússia devem ser levadas a sério e solucionadas. Na quarta-feira (26), os chefes das diplomacias de China e Estados Unidos se falaram ao telefone. O ministro das Relações Exteriores chinês pediu que todas as partes mantenham a calma e evitem fazer coisas que agitem as tensões e aumentem a crise.

fonte: Jornal Nacional