Funcionários de empresa de transporte metropolitano fazem paralisação e impedem saída de veículos em Lauro de Freitas

Funcionários de empresa de transporte metropolitano fazem paralisação e impedem saída de veículos em Lauro de Freitas — Foto: Reprodução/TV Bahia

Funcionários da empresa Bahia Transportes Metropolitanos (BTM) fazem uma paralisação na manhã desta quarta-feira (2), na frente da garagem da empresa, que fica no bairro do Caji, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.

Os trabalhadores impedem a saída dos 55 veículos, em protesto pelo descumprimento do acordo do pagamento do salário de dezembro, entrega das cestas básicas – que estão atrasadas há oito meses –, pagamentos de ticket alimentação e férias.

Funcionários de empresa de transporte metropolitano fazem paralisação e impedem saída de veículos em Lauro de Freitas — Foto: Reprodução/TV Bahia

Funcionários de empresa de transporte metropolitano fazem paralisação e impedem saída de veículos em Lauro de Freitas — Foto: Reprodução/TV Bahia

Além disso, funcionários que foram demitidos em 2020, ainda não receberam direitos trabalhistas. A BTM tem 253 motoristas ativos e 152 inativos. Cerca de 20 mil passageiros são afetados com a paralisação.

Os ônibus da BTM fazem 20 linhas e circulam por bairros importantes da cidade, como Buraquinho, Portão, Itinga, Vida Nova, Jambeiro, Areia Branca e orla. Os coletivos também fazem ligação com metrô e alguns bairros de Salvador, a exemplo da Boca da Mata, Itapuã, Itaigara e Lapa.

Valdir Teixeira, dono da BTM, disse que a situação da empresa é difícil, mas que vai fazer os pagamentos ainda nesta quarta, para que os coletivos voltem a rodar.

“A situação hoje está muito difícil, mas nós vamos sentar agora com os representantes dos funcionários e tentar chegar a um acordo, para tentar equacionar esses pagamentos hoje e tentar voltar a rodar hoje ainda”.

Funcionários de empresa de transporte metropolitano fazem paralisação e impedem saída de veículos em Lauro de Freitas — Foto: Reprodução/TV Bahia

De acordo com ele, os atrasos se acumularam por causa dos custos que a empresa tem, que estão em desacordo com o que recebe e com o valor do diesel.

“O maior problema hoje é que o óleo diesel disparou. A gente pagava R$ 4 no começo do ano, e agora eu estou pagando R$ 6, R$ 7. O maior custo da gente hoje é o combustível. Nós estamos há mais de um ano sem reajuste da tarifa. Hoje a tarifa é R$ 4,30. As pessoas acham que os R$ 4,30 vão para a empresa de ônibus, mas não é. A tarifa que vai para a empresa de ônibus é R$ 1,80. O restante fica com o metrô. Então, a gente está lutando para melhorar esse repasse do metrô para a gente, porque a gente recebe um valor menor, sendo que o nosso custo é muito pesado também”.

Por meio de nota, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) disse que pediu que outras empresas que integram o sistema cubram as linhas operadas pela BTM.

A agência informou ainda que irá adotar as medidas administrativas cabíveis para que a operação seja retomada plenamente.

fonte: G1