Mergulhadores retiram até abadás do fundo do mar em operação especial
Muitas coisas podem ser encontradas no fundo do mar, mas quem diria que até um abadá fizesse parte do cenário. Na manhã desta quarta-feira de cinza, 26 voluntários do Projeto Fundo Limpo entraram no mar da Barra e retiraram 48kg de lixo. Plástico e latinhas de cerveja e refrigerante lideraram o ranking de objetos apreendidos, mas houve também muitas peças de roupa, palitos de picolé, espetinhos de queijo e até abadás.
O projeto é desenvolvido pela Escola e Operadora de Mergulho Galeão Sacramento, desde 1994, e acontece quatro vezes por ano. Segundo o coordenador geral, Bruno Souza, o objetivo é proteger o meio ambiente e estimular as pessoas a se tornarem mais conscientes. A ação foi desenvolvida entre o Porto e o Farol da Barra.
“Apesar das correntes marítimas, o material que encontramos é típico do carnaval, ou seja, daquela região. Visualmente, percebemos que a quantidade de lixo é menor que a do ano passado, mas ainda tem muita coisa sendo descartada de forma indevida”, afirmou.
Bruno acredita que o fato dos banheiros químicos terem sido colocados ao longo da balaustrada e de o morro do Farol da Barra ter sido fechado por tapumes dificultou o descarte irresponsável do lixo.
A ação começou por volta das 9h30 e durou até às 12h. Parte do material apreendido foi entregue para cooperativas de reciclagem e o restante para a prefeitura. Esse mesmo mergulho ecológico foi feito uma semana antes do carnaval, quando foram retirados 282 kg de produtos.
Em 2017, foram 411 kg de lixo recolhidos dias antes da festa e outros 936 kg logo após a folia. O Projeto Fundo Limpo realiza uma terceira edição entre os meses de julho e julho, e a última em setembro.
“Os voluntários passam por treinamento durante quatro fins de semana, e são distribuídos pelas praias de acordo com o perfil, por exemplo: quem tem resistência física menos fica no Porto, onde a maré é mais tranquila, quem já é mais resistente fica no Farol. Ano passado foram 56 voluntários. Esse ano tivemos menos gente e ficamos menos tempo no mar, por isso, a quantidade de material encontrado foi bem menor que em 2017”, contou Bruno.
Para participar do projeto é preciso ficar atento às redes sociais do Fundo Limpo, onde o edital de inscrição é publicado, sempre cerca de um mês antes da ação acontecer.
Fonte: Correio