Na disputa mais acirrada desde a redemocratização, Lula e Bolsonaro vão se enfrentar no 2º turno

Na disputa mais acirrada desde a redemocratização, Lula e Bolsonaro vão se enfrentar no 2º turno

O Brasil começou nesta segunda-feira (3) uma nova etapa da campanha presidencial. Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, com 48% dos votos, e Jair Bolsonaro, do PL, com 43%, vão se enfrentar no segundo turno. Os resultados deste domingo (2) mostram a disputa mais acirrada desde a redemocratização do país.

Uma diferença de 6,187 milhões votos separam os dois candidatos à Presidência da República que vão disputar o segundo turno. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, teve a maior votação, 48,43% do total, contra 43,2% do presidente Jair Bolsonaro, do PL.

No primeiro turno da eleição de 2018, o candidato do PT, Fernando Haddad, teve 29,28% dos votos; e Bolsonaro, 46,03%, três pontos percentuais a mais do que agora.

A análise do resultado geral mostra que Lula venceu em 14 estados, e Bolsonaro, em 12 mais o Distrito Federal.

Dos sete estados da Região Norte, Bolsonaro venceu em três – Acre, Rondônia e Roraima; não venceu em nenhum do Nordeste; levou o Centro-Oeste; no Sudeste – Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo -, além de todo o Sul do país.

Na Região Norte, Lula venceu no Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins; levou todos os estados do Nordeste; e, no Sudeste, venceu apenas em Minas Gerais.

Na comparação dos mapas das votações dos primeiros turnos de 2018 e de agora, quatro anos atrás, a vitória petista ficou restrita a um estado do Norte e ao Nordeste, exceto o Ceará. Agora avançou em três estados do Norte que votaram com Bolsonaro em 2018, obteve maioria no Ceará, e no Sudeste, em Minas.

O cientista político da PUC-Rio Ricardo Ismael diz que a análise desses mapas é fundamental para o segundo turno das duas campanhas.

“Na Região Sudeste, até pela característica dela – pelo peso no eleitorado nacional, e porque também você vai ter ali novamente em São Paulo um embate que é mais ou menos a reprodução da polarização a nível nacional, onde você tem novamente grandes colégios eleitorais, Rio de Janeiro e Minas Gerais -, provavelmente, como aconteceu na reta final do primeiro turno, é onde os candidatos vão concentrar suas campanhas. Porque, se houver aí uma diferença maior para um lado ou pra outro, isso pode ser determinante para o resultado final”, afirma.

fonte: Jornal Nacional