ONU denuncia situação humanitária de cidade sitiada na Síria: ‘Não há vida’
Foto: Divulgação / Cruz Vermelha
O representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Sajjad Malik, afirmou que a situação humanitária em Madaya, na Síria, não tem precedente. Ele visitou o local nesta segunda-feira (11), quando a cidade recebeu o primeiro comboio de ajuda humanitária desde outubro. Madaya foi sitiada pelo governo de Bashar al Assad há cerca de seis meses. “O que vimos é horrível, não há vida. Está tudo muito tranquilo. Mas há informações concretas de que as pessoas morreram de fome. O que vimos em Madaya não tem precedentes com relação a outras partes da Síria”, afirmou Malik. Ele ressaltou que crianças eram obrigadas a comer mato para sobreviver e a população tem poucos alimentos a sua disposição além de água, ervas e especiarias. Na semana passada, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou que 23 pessoas já morreram de fome em Madaya. Estimativas apontam que a cidade tem entre 300 e 400 pessoas que precisam de ajuda médica de emergência. Madaya e outras cidades sitiadas no país devem receber novos comboios com ajuda humanitária ao longo dos próximos dias. Uma estimativa da ONU indica que 400 mil pessoas vivem em locais sitiados na Síria