Operação na Bahia apura superfaturamento de testes rápidos e ex-assessor do deputado Jonga Bacelar é um dos alvos

A quarta fase da Operação Falso Negativo, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), cumpre nesta quarta-feira (03/03) 15 mandados de busca e apreensão contra um grupo investigado por fraudar compras de testes rápidos da Covid-19. A ação de hoje ocorre em Salvador e em várias cidades baianas. Os investigadores buscam “novas provas” sobre ilegalidades praticadas em uma dispensa de licitação de 2020 para compra de 48 mil testes rápidos do novo coronavírus.



A suspeita é que os testes foram superfaturados e vendidos por até R$ 187. Além disso, a qualidade é duvidosa. Em outro processo de dispensa de licitação, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), comprou o mesmo tipo de exame por R$ 73.
A operação identificou que a dispensa de licitação analisada gerou “dispêndio” de mais de R$ 8 milhões. O Gaeco baiano e o Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), da Polícia Civil do DF, também apoiam a investida.
O principal alvo é o ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo, preso em outra etapa da operação. Ele é amigo pessoal de um dos alvos, o empresário Fábio Gonçalves Campos, que teria sido beneficiado na contratação para o fornecimento dos testes.