Pagamentos do Bolsa Família caem em julho
O programa Bolsa Família, considerado uma vitrine social do presidente Lula (PT), apresentou um recuo em seus pagamentos no mês de julho. O valor médio a ser recebido por residência caiu para R$ 684, após atingir um recorde de R$ 705 no mês anterior, junho.
O governo tinha estabelecido a previsão de que, a partir de junho, com a implementação completa da reformulação do programa, o benefício médio por família chegasse a R$ 714 mensais. Entretanto, um mês após esse prazo, ocorreu uma queda nos valores.
Além da redução nos valores, o número de famílias contempladas pelo Bolsa Família também apresentou declínio em julho. Cerca de 20,9 milhões de residências serão beneficiadas neste mês, o que representa quase 320 mil famílias a menos em comparação com junho, quando 21,2 milhões de famílias receberam o auxílio, estabelecendo um recorde de transferência de renda.
Desde que Lula assumiu o mandato, aproximadamente 1 milhão de famílias deixaram o programa. Em janeiro, quando o programa ainda se chamava Auxílio Brasil, havia 21,9 milhões de beneficiários. O Auxílio Brasil era a marca social do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), responsável pelo Bolsa Família, afirmou que a diminuição no número de famílias faz parte da reformulação do programa, que inclui a identificação de cadastros indevidos. Como exemplo, no mês de julho, foi realizada uma integração de base de dados que permitiu identificar 341 mil famílias com renda acima do limite permitido para se manterem no programa, resultando na exclusão dessas famílias do Bolsa Família.
Em resposta à queda no valor do benefício, o ministério apontou a regra de proteção como um fator relevante. De acordo com essa regra, se uma família conseguir um emprego, poderá continuar no programa, porém, com um benefício reduzido. Atualmente, cerca de 2,2 milhões de famílias se encontram nessa situação e receberão o valor de R$ 378,91 neste mês.
A regra de proteção é aplicada por até dois anos, reduzindo em 50% o valor da renda a ser recebida no programa. Caso a família perca o emprego durante esse período, o retorno ao benefício integral está garantido.
O MDS ressaltou que a quantidade de famílias atendidas pelo Bolsa Família varia de acordo com as dinâmicas de entradas e saídas do programa, que são influenciadas pelo processo de qualificação cadastral do Cadastro Único, iniciado em março deste ano.
fonte: Informe Baiano