PF deflagra operação e cumpre operação na casa de ex-governador do MS

PF deflagra operação e cumpre operação na casa de ex-governador do MS

Foto: Elza Fiúza/ Agência Brasil
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (10) a 2ª fase da Operação Lama Asfáltica, em Campo Grande e em São Paulo. A Operação “Fazendas de Lama”, como foi batizada, cumpre 15 mandados de prisão temporária e 28 mandados de busca e apreensão, incluindo um na casa do ex-governador do Mato Grosso do Sul, André Pucinelli (PMDB), em Campo Grande. O objetivo é para apurar a aquisição de propriedades rurais, por parte dos investigados, com uso de recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propina. Também são investigados crimes de lavagem de dinheiro. A PF aponta que a organização criminosa investigada é especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais e atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos apurados totalizam mais de R$ 2 bilhões. Participam da operação cerca de 200 policiais federais, 28 servidores da Controladoria Geral da União (CGU) e 44 da Receita Federal, distribuídos nos municípios de Campo Grande(MS), Rio Negro (MS), Curitiba (PR), Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP). A polícia cumpre ainda 24 mandados de sequestro de bens de investigados. As investigações começaram em 2013. A polícia identificou a existência de um grupo que superfaturou obras contratadas com a Administração Pública, utilizando empresas em nome próprio e de terceiros. A organização praticava a corrupção de servidores públicos e fraudes em licitações para desviar os recursos públicos. A fase “Fazendas de Lama” resultou da análise dos materiais apreendidos na primeira operação, por meio de ações de fiscalização realizadas pela CGU e relatórios da Receita Federal. Foram encontrados, segundo a PF, “fortes indícios” de crimes de lavagem de dinheiro, relacionados com os recursos desviados e com uso de mecanismos de corrupção passiva, como a aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie. Os presos e materiais apreendidos serão encaminhados à Superintendência da PF em Campo Grande.