Por risco de fuga, Justiça paraguaia nega pedido de prisão domiciliar para Ronaldinho
A Justiça do Paraguai negou o pedido de prisão domiciliar do ex-craque Ronaldinho Gaúcho e do seu irmão e empresário Roberto Assis. A decisão foi tomada nesta terça-feira (10) pelo juiz Gustavo Amarrilla. O magistrado não aceitou o argumento da defesa da dupla brasileira, que já passou quatro noites no presídio de segurança máxima Agrupación Especializada da Polícia Nacional, em Assunção. Eles são acusados de terem entrado no país com passaportes falsos.
“Se mantém a medida cautelar de prisão na Agrupación Especializada. A investigação tem menos de uma semana. E está ficando claro o tamanho deste caso, com novas revelações. É de responsabilidade minha, do poder judicial, garantir a continuidade dessa investigação. Não podemos correr o risco de essa investigação acabar por causa de uma fuga ou de uma saída do Paraguai”, declarou o juiz.
O Ministério Público paraguaio também rejeitou a medida de prisão domiciliar para Ronaldinho e o irmão. Além do risco de fuga, o promotor Marcelo Pecci citou outro argumento, caso a dupla deixe a penitenciária. “O Ministério Público sustentou a sua posição de se opor à toda modificação à prisão preventiva. Se trata de uma investigação com atos que atentam contra a segurança de documentos de identidade do Paraguai. Faz cinco dias que começou a investigação. Ainda se está estudando condutas individuais. Essas pessoas (Ronaldinho e Assis) não têm raízes (no Paraguai)”, explicou.
Ronaldinho e Assis estão detidos desde a última sexta (6) ao entrarem no Paraguai com passaportes falsos. Inicialmente, os dois não seriam acusados pelo Ministério Público do país, mas o caso deu uma reviravolta e foi solicitada a prisão preventiva.