Primeiros-ministros da Polônia, República Tcheca e Eslovênia vão a Kiev para apoiar Zelensky
Os primeiros-ministros da Eslovênia, da Polônia e da República Tcheca visitaram o presidente da Ucrânia em um dia em que a capital, Kiev, sofreu bombardeios intensos.
No 20° dia de guerra, as bombas começaram antes do amanhecer, as Forças Armadas convidaram todos os cidadãos a irem com urgência para os abrigos da proteção civil. Os russos estão agora usando artilharia pesada contra o centro de Kiev.
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As equipes de resgate se empenharam durante horas para apagar o fogo que consumiu um prédio de 16 andares. Um homem conta que já estava com as malas prontas para fugir, que sabia que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria.
A área atingida fica na capital, imediatamente após Irpin, o subúrbio destruído pelos combates nas últimas semanas. O prefeito Vitali Klitschko percorreu as áreas em ruína e decretou toque de recolher na capital até a manhã de quinta (17).
“É um momento difícil e perigoso”, declarou.
O Vaticano confirmou que o Papa Francisco recebeu o convite de Vitali Klitschko para visitar a capital ucraniana devastada pela guerra. O pontífice reitera o apelo que fez no domingo (13): que cessem a agressão armada antes que as cidades sejam reduzidas a cemitérios.
Na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, os sobreviventes de um bombardeio ainda estavam sendo socorridos quando os jatos russos voltaram, e todos correram procurando abrigo.
Através de um corredor humanitário, cerca de 2 mil carros conseguiram, até agora, deixar Mariupol, a cidade no sul da Ucrânia sitiada pelas forças russas.
Nesta terça, a rede americana “Fox News” confirmou a morte do repórter cinematográfico Pierre Zakrzewski. Ele trabalhava com o repórter Benjamin Hall, que ficou ferido. Uma jornalista ucraniana, Oleksandra Kuvshinova, também morreu no mesmo ataque.
O comando russo fala apenas em alvos militares. Disse que controla a região de Kherson, cidade portuária no sul.
O Exército russo distribuiu imagens de soldados com armas antitanque capturadas dos ucranianos na região de Kiev e disse que um dos alvos desta terça foi uma fábrica de armamentos da capital ucraniana.
Zelensky se dirigiu aos soldados russos:
“Estou falando de Kiev, nossa capital, a cidade que vocês sempre chamaram de ‘mãe das cidades russas’, que tornou nossos povos históricos e que vocês bombardearam hoje. Ofereço a vocês uma chance de sobreviver. Se vocês se renderem, serão tratados como gente, decentemente, não da maneira como são tratados no Exército de vocês, e diferentemente da maneira como o seu Exército trata o nosso. Escolham.”
Já era noite quando Zelensky recebeu três visitantes: os primeiros-ministros da Polônia, República Tcheca e Eslovênia chegaram a Kiev de trem para evitar o risco de ter um avião ou helicóptero abatido pelos russos.
O presidente agradeceu e afirmou que a visita deles à Ucrânia neste momento difícil representa um forte sinal de apoio.
O Ministério da Defesa da Itália publicou uma circular determinando que todos os departamentos das Forças Armadas fiquem de prontidão, 100% motorizados, com o treinamento orientado para o combate. O documento, de 9 de março, faz referência ao que chama de “evoluções no tabuleiro de xadrez internacional”. Segundo o Estado-Maior é uma resposta às mudanças que estão aí para todos verem.
fonte: Jornal Nacional