Quarta, 15 de Julho de 2020 – 11:50 Covid-19: vacina de Oxford pode ser registrada em junho de 2021, diz reitora
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A reitora da Universidade Federal de São Paulo, Soraia Smaili, afirmou que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Universidade de Oxford, no Reino Unido, poderá ter seu registro liberado em junho de 2021. A fala foi registrada em entrevista à GloboNews.
A vacina está sendo testada no Brasil, com 5 mil voluntários (2 mil em São Paulo, 2 mil na Bahia e mil no Rio de Janeiro). No mundo, cerca de 50 mil pessoas participam dos testes. “Com a quantidade de pessoas que estão recebendo a vacina no mundo, é possível que tenhamos resultados promissores no início do ano que vem e o registro em junho”, diz Soraia.
O imunizante produzido por Oxford é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o que está mais adiantado no mundo. A última etapa dos testes, a Fase 3, teve seu período reduzido de 18 para 12 meses pela universidade.
O atual estágio consiste em fazer testes em larga escala, com dois grupos. Uma parte dos voluntários recebe a vacina, e a outra recebe um placebo. As pessoas não sabem de que grupo fazem parte, e serão acompanhadas por um ano.
“A vacina de Oxford é uma candidata bastante forte e está bem avançada, [mas] é preciso respeitar o tempo do estudo. E precisa ter os resultados, pelo menos, dos 6 primeiros meses, pra saber qual o conjunto dos resultados”, explica Smaili.
Atualmente, a OMS contabiliza 163 vacinas sendo testadas contra o coronavírus no mundo. Apenas 23 estão em fase clínica, que é quando elas são testadas em humanos.
Vale lembrar que a vacina da caxumba, a mais rápida a ser criada, levou cerca de quatro anos para ficar pronta. No entanto, os pesquisadores ainda trabalham com outra hipótese, que é a de que uma vacina efetiva e segura nunca seja desenvolvida. Um exemplo de vírus que não tem um imunizante até hoje é o do HIV, que causa Aids. A situação ocorre por conta das constantes mutações do agente.