Rainha Elizabeth II morre aos 96 anos
Morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos, a Rainha Elizabeth II.
- Luto pela morte da Rainha Elizabeth II; FOTOS
- Morre Rainha Elizabeth II: veja repercussão entre políticos e autoridades
- Fortuna de US$ 500 milhões, quarto invadido por estranho, ex-motorista das Forças Armadas: veja curiosidades sobre a rainha Elizabeth II
- Coroação jovem, crises familiares e reinado duradouro: como foi a vida de Elizabeth II
Era início da tarde em Londres quando o Palácio de Buckingham divulgou o comunicado que arregalou os olhos do país:
“Após uma avaliação mais aprofundada nesta manhã, os médicos da rainha estão preocupados com a saúde de Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica.”
No final, o texto dizia que Elizabeth II continuava confortável em Balmoral. É o castelo no norte da Escócia em que a rainha costumava passar as férias de verão, um dos lugares que ela mais gostava.
Imediatamente, o filho mais velho de Elizabeth, o então príncipe Charles, viajou para Escócia com a esposa, Camilla. Em um sinal de que não era algo comum, em pouco tempo, os quatro filhos da rainha e outros integrantes da família real já estavam no castelo.
A partir daí, Londres e o Reino Unido todo viveram a agonia da espera por uma boa notícia.
Até que às 18h30 no horário local, 14h30 no Brasil, o Palácio de Buckingham confirmou o que todo aquele movimento incomum durante o dia sugeria: “A rainha morreu em paz em Balmoral, nesta tarde”.
Em um pronunciamento logo depois, a nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, disse:
“Estamos todos devastados. É uma grande perda. Um choque para nossa nação e para o mundo.”
Ela descreveu a rainha como a própria alma, o espírito do Reino Unido. A posse, dois dias atrás, foi o último compromisso de Elizabeth II. Liz Truss também homenageou o novo Rei Charles, dizendo que o país deve agora se unir para apoiá-lo e oferecer lealdade e devoção. E terminou com a frase: “Deus salve o rei.”
- Charles III é o nome adotado pelo sucessor de Elizabeth como rei; entenda
- Após morte de Elizabeth II, Camilla Parker Bowles se torna rainha consorte britânica; entenda
- Charles já vinha assumindo algumas funções da rainha
O líder do Partido Trabalhista homenageou a rainha e afirmou: “Ela era um símbolo do melhor de nós.”
O cantor inglês Mick Jagger escreveu em uma rede social que a monarca esteve presente em toda a vida dele e que se lembrava de assistir à rainha na TV, quando era criança.
O também cantor e compositor Elton John disse que a rainha era uma presença inspiradora, que liderou o país nos maiores e mais sombrios momentos, com graça, decência e cuidado genuíno.
As ruas viraram um misto de perplexidade, tristeza e orgulho. Um casal britânico ficou sabendo da notícia pela equipe da Globo.
“É um choque terrível. Mesmo sabendo que ela não estava muito bem, a gente esperava que ela nunca fosse embora. Foi a mãe da nossa nação por tanto tempo”, disse o homem.
É uma daquelas notícias imensas, que gente do mundo inteiro comenta e lamenta: morre uma chefe de Estado admirada em várias partes do mundo, hiperpopular.
Em Londres, o impulso de muitas pessoas, mesmo com chuva, foi ir para o Palácio de Buckingham, a casa da rainha. Milhares ocuparam as ruas para começar a se despedir de Elizabeth II.
Morre um ícone mundial. A partir desta quinta-feira (8), o Reino Unido entra em 14 dias de luto.
“Mesmo alguém não sendo muito fã da realeza, o que aconteceu hoje é algo gigantesco paro nosso país. Ela nos dava muito orgulho”, afirma uma britânica.
Boa parte da juventude tinha ligação com Elizabeth II, memória afetiva. Jameson saiu do trabalho, soube da morte da rainha, pegou o skate e foi levar flores. Ele diz que nem é monarquista, mas que isso não importa: que a rainha fez um grande trabalho pelo país e que ele foi porque valoriza muito a história dela, o jeito que Elizabeth foi se adaptando, a liderança, o comprometimento. Que é um dia de tristeza, claro, mas de respeito, agradecimento e homenagens, e que ela teve uma vida completa, que vai sempre ser referência para muitas gerações.
fonte: Jornal Nacional