Terceiro suspeito de participar dos assassinatos de Bruno e Dom se entrega à polícia do Amazonas
Já são oito os suspeitos de envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Um deles se entregou neste sábado (18) à polícia do Amazonas. Segundo os investigadores, ele confessou ter participado do crime.
O pescador Jefferson da Silva Lima, de 31 anos, se entregou na delegacia de Atalaia do Norte por volta das 6h. No começo da tarde, ele foi levado para audiência de custódia no fórum da cidade.
A audiência de custódia durou uma hora e 20 minutos, e a Justiça determinou que Jefferson da Silva Lima fique preso por 30 dias. Do fórum, ele seguiu para a Delegacia de Atalaia do Norte, onde também estão os irmãos, Ozeney e Amarildo. Para a Polícia Civil do Amazonas, os três têm envolvimento direto com os assassinatos.
“Jefferson estava na cena do crime conforme todas as provas, todos os depoimentos colhidos até o momento. Ele estava na cena do crime e participou ativamente do duplo homicídio ocorrido”, afirma o delegado da Policia Civil do Amazonas Alex Perez.
As buscas pelo suspeito começaram na sexta-feira (17), após a polícia receber uma denúncia de que ele estaria escondido no sítio da mãe, que fica na cidade de Benjamin Constant, vizinha a Atalaia do Norte. Jefferson não foi encontrado.
“Conversamos com a família, com os familiares que se encontravam presentes, e falamos que seria melhor convencer ele a se entregar, que estaríamos aqui à disposição para ele se entregar”, conta o delegado.
Segundo a Polícia Federal, Jefferson da Silva Lima confessou participação no assassinato de Bruno e Dom. Amarildo da Costa de Oliveira admitiu envolvimento no crime na terça-feira passada (14). O irmão dele, Oseney, nega as acusações.
As investigações identificaram mais cinco homens que ajudaram a enterrar os corpos na mata. A polícia não revela nomes, mas afirma que eles foram indiciados por ocultação de cadáver e vão responder às acusações em liberdade, porque o crime prevê uma pena inferior a quatro anos.
Pela manhã, a Marinha e a Defesa Civil retomaram as buscas pela embarcação de Bruno e Dom. Segundo as investigações, os criminosos arrancaram o motor e afundaram o barco com sacos de terra. O barco ainda não foi localizado.
O Jornal Nacional não conseguiu contato com as defesas de Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa.
A defesa de Amarildo da Costa de Oliveira disse que irá se manifestar no processo.
fonte: Jornal Nacional