Zelensky discursa para os parlamentos do Japão e da França
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursou nesta quarta-feira (23) para parlamentares de mais dois países. Primeiro foi a vez do Japão.
Zelensky lembrou o acidente nuclear de 2011 em Fukushima.
“A invasão russa pode causar uma catástrofe nuclear em Chernobyl”, disse Zelensky. “A Rússia transformou este local em uma zona de guerra”, denunciou. Alertando que serão necessários anos para avaliar os efeitos ambientais da ocupação russa de Chernobyl.
Zelensky também pediu reformas profundas dos órgãos da ONU, enfatizando que eles não impediram a Rússia de invadir a Ucrânia.
Na Assembleia Nacional da França, Zelensky declarou que as empresas francesas deveriam sair da Rússia. E criticou: “Essas companhias têm que parar de patrocinar a máquina de guerra da Rússia e de financiar as mortes de mulheres e crianças”.
O presidente ucraniano também citou o lema da Revolução Francesa ao dizer que esta é uma guerra contra a liberdade, a igualdade e a fraternidade, contra tudo aquilo que levou a uma Europa unida.
Na política estratégica, o Velho Continente também se move. O secretário-geral da Otan anunciou que vai reforçar as tropas da aliança na Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia.
Jens Stoltenberg afirmou que a Rússia deve parar com as ameaças de usar bombas nucleares: “A nossa mensagem é clara: essa é uma guerra que não pode ser vencida e que nunca deve ser travada”.
O chefe da Otan disse que vai mandar equipamentos de defesa de armas químicas para a Ucrânia.
Antes de embarcar, o presidente americano Joe Biden, que chegou à Europa para reuniões na quinta-feira (24) em Bruxelas, reconheceu que as armas químicas são uma ameaça real e que a Rússia poderia usá-las.
O Papa Francisco de novo pregou que as armas não levam a lugar algum e que nas guerras não há vencedores, só derrotados, disse Francisco. O preço que se paga, segundo Francisco, é incalculável.
fonte: Jornal Nacional