Governo russo diz que relações com os EUA estão perto da ruptura
O governo russo adotou um tom grave nesta segunda-feira (21) para descrever as relações diplomáticas com os americanos.
As relações com os Estados Unidos estão próximas da ruptura. Foi o que disse o Kremlin ao convocar o embaixador americano John Sullivan para protestar contra os comentários considerados inaceitáveis de Joe Biden, que chamou o presidente russo Vladimir Putin de “criminoso de guerra” e “ditador assassino”.
Do outro lado, o presidente americano buscou mostrar união com os aliados europeus, e convocou os líderes da Alemanha, França, Itália e Reino Unido para discutir uma resposta coordenada à Rússia.
A gravidade da situação mundial se mede também pelas reuniões previstas esta semana em Bruxelas: Otan, G7 e Conselho Europeu. Com Joe Biden presente, antes de ir à Polônia.
Em Bruxelas, os ministros de Relações Exteriores da União Europeia se reuniram para discutir novas sanções à Rússia, incluindo o embargo do gás e do petróleo. Mas não houve consenso.
Alemanha e Holanda concordaram em se desfazer da dependência da Rússia, mas deixaram claro que não vai acontecer agora. Numa coisa os ministros concordaram: o repúdio aos ataques contra civis.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse que a Rússia está cometendo vários crimes de guerra.
“Isso não é uma guerra, é uma gigantesca destruição de um país sem levar em consideração as leis da guerra, até a guerra tem leis. Moralmente, a Rússia perdeu qualquer embasamento”, afirmou.
O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, engajado na mediação entre Ucrânia e Rússia, vê “progresso” nas negociações, mas alerta que ainda há muitas diferenças entre os dois lados e que o cessar-fogo está longe de acontecer.
Apesar do apoio humanitário, o primeiro-ministro de Israel criticou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por comparar no discurso de domingo (20) ao Parlamento israelense o sofrimento dos ucranianos com o Holocausto. Na terça-feira (22), Zelensky vai falar para o Parlamento italiano.
fonte: Jornal Nacional