Mãe de Lucas Terra é ouvida no 1º dia do júri popular; adolescente foi queimado vivo em Salvador há 22 anos
O primeiro dia do júri popular contra os dois pastores acusados de matar o adolescente Lucas Terra, em 2001, aconteceu nesta terça-feira (25). O júri, que foi iniciado às 8h e encerrado às 20h20, vai continuar na quarta-feira (26).
Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva estão sendo julgados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Durante o primeiro dia do julgamento, a mãe de Lucas Terra foi ouvida.
O julgamento é realizado no Fórum Ruy Barbosa e não pode ser gravado. A imprensa pode acompanhar os depoimentos, mas não pode fazer imagens.
Lucas Terra tinha 14 anos quando foi abusado sexualmente e queimado vivo — Foto: Reprodução/TV Bahia
O corpo do garoto foi encontrado carbonizado em um terreno baldio da Avenida Vasco da Gama, na capital baiana, no dia 23 de março de 2001, dois dias depois do desaparecimento. Durante as investigações, o pastor Silvio Galiza foi apontado como o principal suspeito do crime. Ele foi julgado e condenado em 2004 e atualmente está em liberdade condicional.
LEIA TAMBÉM:
- Caso Lucas Terra: antes de morrer, pai de garoto que foi queimado vivo escreveu livro e rodou o mundo em busca de justiça
Apenas em 2007, Galiza relatou que os outros dois religiosos participaram do crime. Desde então, o caso corre na Justiça. Em nota enviada antes do julgamento, a defesa dos pastores disse estar convicta da inocência deles, e que não há provas ou indícios contra Joel Miranda e Fernando Aparecido.
Durante o júri, ao se procurada pela equipe de reportagem da TV Bahia, a defesa informou que só irá se pronunciar ao final do julgamento.
No primeiro dia, cinco testemunhas de acusação e uma de defesa foram ouvidas. Ao todo, 15 pessoas – defesa e acusação – devem dar depoimento até sexta-feira (28), quando o júri formado por duas mulheres e cinco homens decidirá se os pastores são culpados ou inocentes.
fonte: G1Bahia