Mais de 20 gatos de rua processam construtora em Salvador e pedem indenização de R$230 mil; entenda

Os gatos que moram no bairro da Graça, em Salvador, aparentemente não estão satisfeitos com o avanço imobiliario no bairro. Os animais estão sendo representados por uma estudante e “pedem” idenização de R$230 mil para que a Civil Construtora e a Barcino Esteve Construções e Incorporações construam no espaço onde eles “moram”.

No processo consta o nome de todos ele: Diego, Margarida, Florzinha, Lady, Trico, Frida, Fofucha, Tim, Harry, Tigresa, Nino, Tigrão, Chitãozinho, Monalisa, Monalisinho, Tigradinha, Chorão, Laranjinha, Pimpó, Tigrado, Pretinha, Zangada e Branca De acordo com o Estadão, os pedidos foram apresentados à Justiça baiana no início do ano e as partes envolvidas devem se enfrentar na próxima quinta-feira (5/3) , às 08h15, em uma sessão de mediação entre as partes, que será realizada no Fórum Orlando Gomes em Nazaré.

 A estudante que deu início ao processo diz que ela e sua mãe dão comida aos bichanos há mais de três anos, mas os animais estariam morrendo por conta das obras. “Os gatos estão morrendo porque estão sem água e comida”, diz ela no texto do processo. A rotina também mudou: “Eles estão em meio a entulhos e empregados”, reclama. A jovem chegou a pedir para entrar no terreno mas a solicitação foi negada pelas construtoras.

A empresa teria recebido uma notificação extrajudicial enviado por ela para que pudesse retirá-los do terreno, mas não obteve resposta. Por isso, entrou com a ação pedindo a suspensão imediata das obras, a guarda e a posse dos gatos em favor da guardião, com retirada e encaminhamento dos animais para lar temporário, às expensas das construtoras, e o custeio, pelas empresas, de lar temporário, alimentação, dessedentação, castração, vacinação, medicação e identificação (chipagem e coleira) dos “autores”.

Ainda de acordo com a reportagem, o processo pede indenização de ao menos R$ 10 mil para cada um dos 23 autores, somando R$23 mil. A primeira decisão, assinada pelo juiz Érico Rodrigues Vieira no último dia 22 de fevereiro, destacou a “necessidade de preservação da vida, saúde e bem estar dos animais envolvidos”. Porém, o despacho mais recente, do juiz Joanisio de Matos Dantas Júnior, indeferiu os pedidos. A audiência de mediação realizada essa semana pode dar fim ao sofrimento dos gatinhos.