Natal decreta calamidade pública por causa das chuvas

chuva voltou a causar estragos no Nordeste. Em 12 horas, choveu mais da metade do que era esperado para o mês de julho em Natal, no Rio Grande do Norte. A capital decretou calamidade pública e a Defesa Civil interditou 25 casas por causa do risco de desabamento.

Em Pernambuco, mais de 7 mil moradores tiveram que deixar as casas e 15 municípios decretaram situação de emergência por causa dos temporais.

Um helicóptero da Secretaria de Defesa Social resgatou pessoas ilhadas em Canhotinho, entre elas um recém-nascido.

A Defesa Civil de Barreiros usou o sino da igreja para acordar os moradores e alertar sobre o risco de enchente.

O Rio Carimã, que corta a cidade, transbordou. A câmera de segurança de uma praça do município de Jaqueira registrou o momento em que o auxiliar de serviços gerais identificado como Alex Fernando da Silva, de 20 anos, é arrastado pela correnteza. Ele está desaparecido. Outra pessoa também está desaparecida no município de Catende.

A maioria das casas na parte baixa do centro de Palmares está fechada e vazia. É que os moradores já sabem que, quando chove forte, o rio transborda. Então a comunidade foi tirando tudo o que podia de dentro de casa. Ainda assim, teve gente que não conseguiu e viu os móveis se estragarem.

“Não pude tirar mais. Perdi dois guarda-roupas. Eu já tenho cama de cimento, guarda-roupa de cimento por causa dessa perda continuada”, conta o pintor Ronaldo Freitas.

governo de Pernambuco anunciou que os moradores das cidades atingidas pelas chuvas vão receber um auxílio no valor de R$ 1,5 mil.

“É triste ver uma situação dessa, a gente perdendo tudo”, diz a agricultora Fabiana Maria.

As chuvas começaram a causar estragos em Pernambuco no fim de maio, com enchentes e deslizamentos de terra. Cento e trinta pessoas morreram no Recife e região metropolitana.

Chuva atinge metade das cidades de Alagoas

A chuva atinge metade das cidades de Alagoas. Uma família de Murici, na Zona da Mata de Alagoas, precisou ser resgatada pelo telhado.

“Tinha muita fiação próxima e alguns a gente conseguiu tirar pendurados numa corda juntamente com os bombeiros, mas o bebê não tem condições de ser tirado dessa forma. A gente precisou optar por aproximar realmente do telhado”, conta Major Diego Mendonça, piloto do Corpo de Bombeiros.

A cidade foi uma das mais afetadas pelas chuvas. Em alguns pontos, o vento e o volume de água foram tão fortes que derrubaram algumas casas. Cerca de 2,5 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas no município.

“Perdi geladeira, sofá, guarda-roupa, cama, roupa. Tudo, tudo mesmo, alimento”, lamenta Maria José da Silva, dona de casa.

Segundo a Secretaria de Recursos Hídricos de Alagoas, no final de semana choveu em todo o estado 75% do que era esperado para todo o mês de julho. Na Região Metropolitana, rios transbordaram.

Os ministros da Cidadania, Ronaldo Bento, e do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, visitaram as áreas atingidas pela chuva. Em Rio Largo, a correnteza do rio Mundaú abriu crateras e a linha férrea foi interditada.

“Não esperava que depois de 12 anos Rio Largo passasse por esse momento novamente”, diz o agente de saúde Genivaldo Silva.

Alagoas sofreu muito com as chuvas em maio. Milhares de pessoas agora voltam a enfrentar as consequências das inundações.

Gente como Josenildo da Silva, que não aguenta mais passar por esta situação: “Até quando nós vamos ficar nessa aqui. Até quando, até quando? Me diga, até quando?”

FONTE: Jornal Nacional

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